“Os tratamentos de infertilidade não estão associados a um aumento da incidência de cancro da mama.” Palavras do Luís Vicente, do Hospital Lusíadas, no âmbito da sessão “Mudar mentalidades para diminuir incidência” sobre a gravidez tardia e a infertilidade. Apesar de a gravidez tardia contribuir para o aumento do risco do cancro da mama, “a Medicina de Reprodução é capaz de estratégias para contornar a questão da idade”. Assista à entrevista.
Uma das preocupações das doentes são os tratamentos de infertilidade, podendo provocar um aumento do risco do cancro da mama. No entanto, recentemente, já foram publicados estudos e uma metanálise que qualquer tratamento de infertilidade, seja com medicamentos orais ou com injetáveis, não provocam um aumento da incidência desta patologia na mulher. “Portanto, isto pode deixar-nos mais tranquilo relativamente a esta preocupação que as doentes têm.”
A gravidez tardia depois dos 35 anos aumenta o risco de cancro da mama, explica o especialista em Ginecologia e Obstetrícia, devido à elevada produção de estrogénios durante a gravidez, podendo provocar a estimulação e crescimento de células malignas já existentes. Desta forma, o risco de cancro da mama em mulheres com gravidez tardia aumenta. “Cada vez mais temos assistido a um adiamento da primeira gravidez que, neste momento, está numa média de 31 anos, na Europa.”