“A inclusão deste tema nos vários debates dos congressos nacionais das várias sociedades pretende alertar para as particularidades da abordagem terapêutica no idoso que deverão ser adequadas e ajustadas às características da população.” Quem o afirma é o Miguel Abreu, oncologista no IPO do Porto e presidente da Sociedade Portuguesa de Oncologia, no âmbito da sua moderação na sessão “Tratamento de acordo com a avaliação geriátrica – discussão multidisciplinar baseada em casos clínicos”. Assista à entrevista.
O idoso apresenta características importantes, associadas a várias doenças, comorbilidades e respetivos tratamentos, diferentes dos restantes grupos de doentes. “É uma população muito especial de doentes.” No entanto, existe uma ausência de evidência robusta muito visível nos tratamentos oncológicos por não serem frequentemente incluídos nos ensaios clínicos.
Perante um cenário exigente, “é obrigatório ter uma equipa multidisciplinar dedicada e com formação específica para estes doentes”, em prol de um bem comum: “melhorar a sobrevivência destes doentes, não prejudicando a qualidade de vida nem descompensando as outras patologias.”
Assim, todas as estruturas criadas com este propósito vão facilitar o processo aos clínicos para “fornecer o melhor tratamento para o doente e para os doentes serem melhor tratados”.