Os indicadores de qualidade foram tema de destaque para fechar as XIX Jornadas de Senologia. O Fernando Schmitt, anatomopatologista do Instituto de Patologia e Imunologia Molecular da Universidade do Porto (IPATIMUP), integrou a mesa para abordar do estudo de levantamento dos indicadores de qualidade no diagnóstico em sete hospitais portugueses. Veja a entrevista.

Este levantamento foi comparado com os critérios europeus da European Society of Breast Cancer Specialistas (EUSOMA), através dos quais se verificou que “vários pontos de qualidade fogem ao que é recomendado”. Nesse sentido, surge cada vez mais “a necessidade de que os serviços cumpram critérios de acreditação e de qualidade, desde o diagnóstico ao tratamento do cancro da mama”.

O especialista destaca o sistema de referenciação dos doentes como um dos maiores desafios para encontrar pontos de qualidade. Além disso, acrescenta o problema do rastreio do cancro da mama e o processo entre o diagnóstico e a chegada ao hospital, bem como a certificação de qualidade do diagnóstico anatomopatológico. Esta certificação “não pode demorar muito tempo e tem de ser correto”.

Neste sentido, a implementação de centros de referência para o tratamento de cancro é o próximo passo, garantido pela representante da Direção-Geral da Saúde, na sessão. Mais do que implementar, é também preciso integrá-los à rede com os hospitais, para “haver uma partilha de informação e agilização no doente, desde o diagnóstico até ao tratamento”.