As Jornadas de Senologia “foram muito participadas” e ficaram marcadas pela “discussão interativa de casos práticos”. É assim que o presidente da Sociedade Portuguesa de Senologia (SPS), Dr. José Carlos Marques, descreve esta 20.ª edição. Apesar de representar 5 a 10 % dos casos, o cancro da mama hereditário “tem assumido uma importância crescente”, daí ser particularmente importante valorizar cada vez mais a abordagem multidisciplinar. Assista à entrevista.
Com mais de 100 palestrantes e moderadores, as principais ideias que ficam desta edição passam pelo facto das recomendações “indicarem fazer testes genéticos em todas as mulheres com diagnóstico precoce da mama abaixo dos 35/ 50 anos de idade e em todos os casos em que os tumores são triplo negativo”. Nesse sentido, há uma necessidade de aceder aos testes genéticos de uma forma crescente.
A própria forma como esses testes são realizados também têm impacto, já que apresentam painéis que testam, não um ou dois genes, mas 12/ 15 genes”, permitindo “a deteção de algumas mutações novas e outro tipo de mutações com variantes mais ou menos patogénicas e que têm naturalmente impacto depois na orientação dessas doentes, quer sejam doentes com cancro, quer sejam depois familiares de pessoas que, sendo saudáveis, a quem se vão depois pesquisar as mutações”, reforça o Dr. José Carlos Marques.
As XX Jornadas de Senologia decorreram de 12 a 14 de outubro no Palácio de Congressos do Algarve, nos Salgados.